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Forças dos EUA que mataram civis no Afeganistão agiram em 'legítima defesa'

Estes ataques mortíferos ocorreram 14 meses depois dos bombardeios americanos contra o hospital de Kunduz, administrado pela ONG Médicos Sem Fronteiras

As forças americanas que mataram 33 civis afegãos em novembro de 2016 em ataques aéreos perto de Kunduz (norte) agiram em "legítima defesa" contra os talibãs, revela nesta quinta-feira (12/1) uma investigação militar dos Estados Unidos.

"A investigação mostrou que as forças americanas agiram em legítima defesa, respeitando as leis da guerra e as regras", indicou em um comunicado a missão das forças armadas americanas no Afeganistão (USFOR-A).

"Durante a batalha nenhum civil havia sido visto ou identificado", acrescentou o comunicado.

A missão "Resolute Support" da Otan, dirigida pelo general americano John Nicholson, é integrada principalmente por 8.500 militares dos Estados Unidos.

"Os civis mortos ou feridos estavam, sem dúvida, no interior dos edifícios de onde os talibãs disparavam", afirmou o relatório.
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Os ataques aéreos registrados no dia 3 de novembro de 2016 deixaram 33 civis mortos e 27 feridos na localidade de Boz, um subúrbio de Kunduz, a grande cidade comercial fronteiriça com o Tadjiquistão.

"As forças aéreas americanas utilizaram a força mínima necessária para neutralizar as ameaças provenientes dos edifícios e para proteger as forças aliadas" afegãs que haviam solicitado sua ajuda, indicou o documento.

A operação "tinha por objetivo capturar os líderes talibãs responsáveis pela ofensiva de outubro contra Kunduz" e foi executada pelas "forças especiais afegãs com um número limitado de conselheiros e efetivos de apoio americanos".

"Ao chegar à localidade, as forças aliadas ficaram sob fogo talibã proveniente de muitos edifícios civis", razão pela qual precisaram pedir apoio aéreo.

Estes ataques mortíferos ocorreram 14 meses depois dos bombardeios americanos contra o hospital de Kunduz, administrado pela ONG Médicos Sem Fronteiras, que no dia 3 de outubro de 2015 provocaram a morte de 42 pessoas entre funcionários e pacientes.