O ex-secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chega nesta quinta-feira à Coreia do Sul para reforçar sua campanha para liderar o país após o impeachment da presidente Park Geun-hye.
Após liderar as pesquisas de opinião por meses, Ban viu seu apoio recuar por causa da crescente percepção de que suas políticas estariam alinhadas com a da ex-presidente. Outro fator que o prejudica é seu apoio ao acordo com o Japão que encerra, ao menos diplomaticamente, a questão das escravas sexuais feitas pelo país vizinho durante a Segunda Guerra Mundial, mas que sofre forte rejeição entre parte do eleitorado.
O indiciamento do irmão e sobrinho de Ban, em Nova York, em uma investigação por propina estrangeira, tem potencial de prejudicar ainda mais sua candidatura, ainda que ele possa não ter relação com o caso.
Ao mesmo tempo, os concorrentes de Ban têm se aproveitado para desgastá-lo, explorando a percepção de ele é um burocrata da velha guará e insensível a problemas que afligem o eleitorado, como a corrupção, o baixo crescimento econômico, o desemprego e a concentração de poder nos conglomerados do país. Tais questões motivaram protestos em massa no ano passado.
Por Agência Estado