Os confrontos entre as forças pró-governo e rebeldes continuavam nesta quinta (5/1) perto de Damasco, no sétimo dia de uma trégua cada vez mais ameaçada por violações, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Os combates prosseguem entre, de um lado as tropas do regime e seu aliado Hezbollah libanês, e do outro grupos rebeldes e combatentes do Fatah al-Sham (ex-facção síria da Al-Qaeda) em Wadi Barada", indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Wadi Barada, um setor rebelde estratégico, onde estão as principais fontes de água potável para a capital e seus arredores, é o alvo das forças pró-regime.
[SAIBAMAIS]As forças do regime lançaram na quarta-feira "dezenas de ataques aéreos e fogo de artilharia sobre as áreas de Wadi Barada, matando um paramédico", de acordo com OSDH.
Turquia, que apoia os rebeldes, e a Rússia, aliada de Damasco, patrocinaram um acordo que permitiu a entrada em vigor em 30 de dezembro da nova trégua.
O regime acusa os rebeldes de "contaminar com diesel" as reservas de água e de cortar a rede de abastecimento para Damasco que está enfrentando uma grave escassez desde 22 de dezembro.
Também argumenta que o grupo jihadista Fateh al-Sham, excluídos da trégua, está presente em Wadi Barada, o que os insurgentes negam.
O regime também bombardeou várias áreas rebeldes na quarta-feira à noite na região de Ghuta oriental, perto de Damasco, matando três insurgentes, bem como o bairro rebelde de Rachidine, oeste de Aleppo, matando um insurgente, de acordo com OSDH.
Este cassar-fogo, o enésimo desde o início da guerra há quase seis anos, deve abrir o caminho para as negociações de paz previstas no final de janeiro em Astana, Cazaquistão, ameaçadas, segundo a Turquia, pelas violações da trégua por parte do presidente Bashar al-Assad.
Por France Presse