O padre jesuíta e vaticanista norte-americao Thomas J. Reese explicou ao Correio que o prestígio internacional de Francisco o habilitou à condição de mediador de conflitos. ;O papa pode pressionar líderes políticos relutantes em fazer a coisa certa e ajudá-los a tomar decisões políticas difíceis, ante a oposição em seus países;, afirmou o autor de O Vaticano por dentro: a política e a organização da Igreja Católica. ;Também devemos lembrar que o pontífice é auxiliado por diplomatas do Vaticano bastante profissionais, incluindo o secretário de Estado (o cardeal Pietro Parolin).; Mas a intervenção da Santa Sé está longe de ser infalível. ;Os papas têm praticado a diplomacia ao longo dos séculos. Francisco não pode fazer milagre. Apesar de seus apelos, o Oriente Médio continua uma bagunça;, atesta. Mesmo após a assinatura do acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos, ele recebeu em audiência o presidente colombiano e seu antecessor, Álvaro Uribe, numa tentativa de reconciliação entre os dois adversários políticos.
Reese lembra que Francisco deixou de lado os ornamentos mais reais do pontificado para alcançar os marginalizados, especialmente os refugiados, os doentes e os pobres. Ao falar e escrever sobre temas importantes, como a evangelização, a economia, o meio ambiente e a família, ele adotou um modo de fácil compreensão. O papa incorporou a filosofia de seu pontificado e, algumas vezes, saiu às ruas de Roma para distribuir dinheiro aos mendigos. Na quarta-feira passada, surpreendeu ao deixar o Vaticano para comprar sapatos ortopédicos nas imediações da Praça de São Pedro.
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