Esse comentário marca uma ruptura em relação à retórica do presidente Barack Obama, o qual, em seu famoso discurso em Praga em 2009, pediu a eliminação das armas nucleares.
O tuíte de Trump aparece um dia depois de seu encontro com um grupo de oficiais de alta patente do Pentágono, incluindo o vice-almirante James Syring, que dirige a Agência de Defesa de Mísseis. A agenda foi dedicada ao corte no orçamento de vários programas militares.
Hoje, os Estados Unidos contam com um arsenal de cerca de 7 mil ogivas nucleares, pouco atrás da Rússia, que tem algumas centenas a mais. O Pentágono quer substituir, ou modernizar, as três pernas de sua "tríade": uma força de ataque nuclear que inclui os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs, na sigla em inglês), submarinos e bombardeiros. Especialistas estimam que isso representará pelo menos US$ 1 trilhão nos próximos 30 anos.
Durante os debates da campanha à presidência, Trump foi incapaz de dar detalhes ao ser questionado sobre qual seria sua prioridade para a "tríade" nuclear, afirmando apenas que "o poder, a devastação é muito importante". "Acho que precisamos de alguém em quem possamos confiar totalmente, que seja totalmente responsável, que realmente sabia o que ele, ou ela, está fazendo. Isso é tão poderoso e importante", afirmou na época.
"O maior problema que nós temos hoje é nuclear, proliferação nuclear, e ter um maníaco, ter algum louco que vai lá e consiga uma arma nuclear. É isso que, na minha opinião, é o único grande problema que o nosso país enfrenta agora", completou.
Por France Presse