Jornal Correio Braziliense

Mundo

Suspeito da chacina em Berlim identificado como o tunisiano Anis Amri

O tunisiano teria pedido asilo na cidade de Kleve, perto da fronteira com a Holanda

Anru teria migrado ilegalmente para a Itália em 2012, onde permaneceu por três anos, anter de ir para a Alemanha em 2015, de acordo com as autoridades.

Além disso, a brigada antiterrorista alemã informou que a família do suspeito está sendo interrogada. O suspeito, cuja família reside em Ueslatia (centro), tem quatro irmãs e um irmão, segundo a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.

O grupo Estado Islâmico reivindicou, na tarde de terça-feira (20/12), o atentado, por meio de sua agência de propaganda, a Amaq.

Conhecido da polícia

O ministro do Interior da Renânia do Norte-Westfália, Ralf J;ger, informou que o suspeito já estava sendo investigado e que o Centro de Luta contra o Terrorismo alemão abriu um expediente sobre o caso. "A polícia judicial iniciou uma investigação ante ao Ministério Público em função das suspeitos sobre a preparação do ato criminoso", declarou J;ger.

Segundo as autoridades alemãs, Amri era conhecido por sua devoção ao salafismo, movimento religioso-político sunita.

Ele estaria envolvido em uma rede de recrutadores do Estado Islâmico na Alemanha, segundo os jornais Süddeutsche Zeitung e Bild.

J;ger disse que o pedido de asilo do tunisiano havia sido rejeitado em junho e que ele era alvo de um processo de expulsão. Mas "a Tunísia negou que o homem fosse tunisiano" e, portanto, recusou-se a recebê-lo num primeiro momento, antes de finalmente reconhecer a nacionalidade do suspeito, de acordo com o ministro regional alemão.

A Tunísia é uma das principais origens de combatentes estrangeiros dos movimentos jihadistas. Cerca de 5,5 mil tunisianos viajaram para lutar na Síria, no Iraque ou na Líbia.

No entanto, as autoridades alemãs continuam cautelosas, especialmente após a detenção na terça-feira de um paquistanês apresentado pelo governo como o principal suspeito de ter cometido o ataque.

A polícia realizou várias inspeções em hospitais de Berlim e examina mais de 500 indícios, incluindo amostras de DNA encontradas no caminhão, imagens de câmeras de segurança e depoimentos.

O caminhoneiro polonês encontrato morto na cabine, aparentemente de quem o criminoso roubou o caminhão, provavelmente tentou evitar um massacre pior se agarrando no volante do veículo, segundo os meios de comunicação.

A necropsia demonstrou que o caminhoneiro polonês de 37 anos, assassinado com vários tiros na cabine, estava vivo no momento em que o veículo avançou contra o mercado de Natal, segundo fontes da investigação citadas pelo jornal Bild. O corpo do homem tinha marcas de luta e de facadas.

Por France Presse