O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta terça-feira (20/12) o atentado contra uma feira natalina em Berlim, onde um caminhão foi lançado na multidão, deixando 12 mortos e 48 feridos, reportou a Amaq, a agência de propaganda da organização.
"Um soldado do EI executou a operação de Berlim, em resposta aos apelos de visar cidadãos de países da coalizão internacional" que luta contra o EI, destacou a agência.
A coalização internacional, encabeçada pelos Estados Unidos e da qual participa a Alemanha, lança bombardeios aéreos sobre as posições do EI nas regiões que ocupa no Iraque e na Síria.
Mais cedo, a chanceler alemã Angela Merkel classificou o acontecimento como um "ato terrorista". Para o ministro do Interior, foi um "atentado".
O atentado
[SAIBAMAIS] Na noite de segunda-feira (19/12), um caminhão invadiu uma feira de Natal em Berlim, a capital alemã, deixando 12 mortos e 48 feridos. As autoridades estimam que o automóvel tenha percorrido entre 50 e 80 metros. O local é muito frequentado, principalmente por turistas.
Na mesma noite, a polícia deteve um homem suspeito de ser o condutor do caminhão no momento do atentado. Ele estava a dois quilômetros da feira. O paquistanês de 23 anos teria chegado à Alemanha em dezembro de 2015 e pedido asilo em fevereiro do próximo ano. O homem negou ser responsável pelo ataque. Na tarde da terça-feira, ele foi liberado pela procuradoria federal, que afirmou não ter provas sobre o envolvimento do paquistanês.
O caminhão usado no atentado era polonês e trazia carregamento pesado da Itália; a polícia acredita que o veículo foi roubado. O motorista, também polonês, foi morto com arma de fogo e encontrado dentro do caminhão após o ataque.
Nice
Elementos do crime têm semelhança com o atentado que abalou Nice, na França. Um ataque suicida durante as festividades do Dia da Bastilha, feriado nacional francês comemorado no dia 14 de julho, um caminhão atropelou os participantes da comemoração, deixando 86 mortos e centenas de feridos.
Com informações da France Presse.