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Trump se reúne com cúpula de Silicon Valley

Trump e seu vice-presidente eleito, Mike Pence, sentaram na mesa com multimilionários da Apple, Microsoft, Amazon, Facebook, Oracle e outras grandes empresas de tecnologia

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nessa quarta-feira com executivos de grandes empresas de tecnologia, inclusive alguns de seus grandes críticos, para tentar fazer as pazes após uma eleição polarizada em que a maioria apoiou sua adversária, Hillary Clinton.

[SAIBAMAIS]Trump e seu vice-presidente eleito, Mike Pence, sentaram na mesa com multimilionários da Apple, Microsoft, Amazon, Facebook, Oracle e outras grandes empresas de tecnologia na Trump Tower, em Manhattan.

O magnata do setor imobiliário, de 70 anos, ignorou o fato de que a enorme maioria lhe deu as costas na campanha eleitoral e disse que os ajudará em tudo o que puder para que continuem inovando e crescendo.

"Queremos que continuem com a incrível inovação. Não há ninguém como vocês no mundo", disse Trump no final da reunião, nos poucos minutos em que permitiu a entrada de jornalistas.

"E qualquer coisa que possamos fazer para fazer com que isto avance, estaremos aqui para vocês. Chamem minha equipe, me chamem. Não faz diferença. Não temos uma cadeia formal de comando por aqui", disse.

Os convidados eram os presidentes da Apple, Tim Cook; da Microsoft, Satya Nadella; da Alphabet (Google), Larry Page; e da Intel, Brian Krzanich. Também estava presente o fundador e presidente da Amazon, Jeff Bezos; o fundador da Tesla e SpaceX, Elon Musk; a chefe financeira do Facebook, Sheryl Sandberg, e a presidente da Oracle, Safra Catz. Peter Thiel, cofundador da Paypal, único grande executivo de Silicon Valley que apoiou Trump durante a campanha e hoje integra sua equipe de transição, também estava presente e foi chamado pelo presidente eleito de visionário.

Uma ausência sentida foi o presidente do Twitter, Jack Dorsey, empresário de mesma inclinação populista de Donald Trump.

Impostos e criptografia


Trump tentou acalmar os ânimos de seus críticos sobre comércio. "Vamos fazer acordos comerciais jutos. Vamos fazer com que comercializar através das fronteiras seja muito mais simples".

É difícil antecipar os efeitos do governo de Trump na indústria da tecnologia.

A previsão é de que se oponha a qualquer barreira ou esforços para limitar a imigração, pois precisa desesperadamente de cérebros estrangeiros, mas se espera que muitas empresas vejam com bons olhos a baixa dos impostos corporativos prometida por Trump, principalmente em relação aos ganhos repatriados do exterior.

Um choque potencial entre Trump e o setor pode acontecer sobre criptografia e a capacidade dos serviços de inteligência e das forças de segurança de decodificar aparelhos em casos que envolvem a segurança nacional.

Por Agência Estado