Os principais partidos de oposição da Coreia do Sul anunciaram hoje que pretendem pressionar para que uma votação sobre o impeachment da presidente Park Geun-hye ocorra na próxima sexta-feira (9/12).
A princípio, a votação era esperada para esta sexta (2/12), mas uma proposta de renúncia condicional oferecida por Park acabou criando um racha entre os oposicionistas.
Líderes dos três maiores partidos oposicionistas se reuniram e decidiram que irão apresentar uma moção de impeachment ao plenário do Parlamento na sexta da semana que vem, segundo comunicado do Partido Democrático.
"De agora em diante, não haverá mais divergências entre os três partidos de oposição sobre o impeachment de Park", dizia o comunicado.
Os oposicionistas não têm parlamentares suficientes para aprovar o impeachment de Park por conta própria e precisarão da ajuda de dissidentes do partido governista.
Hoje, um grupo de parlamentares do partido governista que são contrários a Park decidiram que votarão por seu impeachment se ela não anunciar até a próxima quarta-feira que aceita renunciar voluntariamente em abril, segundo um dos dissidentes.
Na última terça, Park afirmou que deixará o cargo se o Parlamento apresentar uma plano de transição estável.
[SAIBAMAIS]Recentemente, Park se envolveu em um escândalo ao surgirem evidências de que ela permitiu que uma amiga de longa data, Choi Soon-sil, manipulasse assuntos governamentais e extorquisse empresas. Choi, que nunca trabalhou no governo, é filha do falecido líder de um culto que foi mentor de Park.
O mandato de 5 anos de Park vence no início de 2018. Se sofrer impeachment, Park será afastada até que um tribunal constitucional julgue o assunto em até 180 dias.
Por Agência Estado