A Comissão de Eleições de Wisconsin se reunirá nesta segunda-feira para aprovar um cronograma para uma recontagem, depois que a candidata do Partido Verde, Jill Stein, teve sua solicitação aprovada. Na Pensilvânia, a campanha de Stein enfrenta um enorme obstáculo organizacional, com a lei estadual exigindo que seus apoiadores arquivem pedidos em mais de 9.000 distritos individuais em todo o estado até segunda-feira para forçar uma recontagem completa. E a campanha ainda está levantando fundos para um desafio em Michigan, que deve ser pedido até quarta-feira.
[SAIBAMAIS]Trump usou as redes sociais hoje para descartar acusações de que sua vitória era ilegítima, atacando os críticos que apontam a liderança de mais de 2 milhões de votos de Clinton no voto popular nacional como evidência.
"Além de ganhar o Colégio Eleitoral com folga, eu ganhei o voto popular se você deduzir os milhões de pessoas que votaram ilegalmente", escreveu Trump, sem fornecer qualquer prova para a alegação. Não há evidência de votação generalizada por imigrantes ilegais. A votação é restrita apenas aos cidadãos americanos.
"Teria sido muito mais fácil para mim ganhar o chamado voto popular do que o Colégio Eleitoral, eu só faria campanha em três ou quatro estados, em vez dos 15 estados que eu visitei. Eu teria vencido ainda mais fácil e de forma mais convincente", completou.
A recontagem proposta provavelmente não alterará significativamente os resultados da dura campanha entre Trump e sua rival democrata Hillary Clinton, que o viu prevalecer apesar da liderança significativa no voto popular. Trump liderou em Wisconsin por pouco mais de 20.000 votos, em Michigan por quase 11.000 e na Pensilvânia por quase 71.000.
Hillary precisaria vencer nos três estados onde são pedidas as recontagens para ganhar a Casa Branca, com uma margem de mais de 100.000 votos - algo que até mesmo sua campanha reconhece que é impossível a não ser em caso de fraude generalizada ou adulteração.
Nenhuma recontagem jamais produziu um balanço tão grande em votos. O conselheiro geral da campanha disse sábado que eles não planejaram pedir uma recontagem, mas participariam do processo iniciado por Stein para garantir que os interesses Hillary estavam representados durante o processo.
"Fazemos isso plenamente conscientes de que o número de votos que separam Donald Trump e Hillary Clinton no mais próximo desses estados - Michigan - é bem maior que a maior margem já superada em uma recontagem, mas independentemente do potencial de mudar o resultado em qualquer dos estados, achamos importante, em princípio, garantir que nossa campanha esteja legalmente representada em qualquer processo judicial e representada nos estados, a fim de monitorar a recontagem", escreveu o advogado Marc Elias.
O envolvimento da campanha de Hillary nos esforços para recontar votos provocou uma reação furiosa de Trump e outros republicanos Em uma declaração durante o fim de semana, Trump chamou o esforço "ridículo", e disse ser um "esquema" feito por Stein para levantar fundos e se tornar mais conhecida.
Por France Presse
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