"Mair não explicou seu ato, mas a promotoria demonstrou que, movido pelo ódio, seu crime premeditado é um ato de terrorismo destinado a realçar sua ideologia", afirmou Sue Hemming, do Ministério Público, em um comunicado.
O acusado, que havia se declarado inocente, mas renunciou a sua defesa, assistiu impassível a leitura do veredito e a condenação.
O marido da deputada, Brendan Cox, chamou o assassinato de "um ato político e um ato terrorista".
A morte de Cox, defensora dos refugiados e dos imigrantes, ocorreu em uma campanha cuja agressividade e jogo sujo haviam sido denunciadas por muitos setores, e que foi suspensa durante três dias em sinal de luto.
"Não nos interessa a pessoa que o planejou, sentimos pena dele", acrescentou o marido. "Jo se interessava por todo mundo, não por seu ego, mas por seu desejo de ajudar".
Durante o julgamento, também foi estabelecido que, quando começou a agressão, Cox pediu que sua equipe saísse de perigo ao invés de irem defendê-la.
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou que "o assassinato foi um ataque à democracia e privou o mundo de uma embaixadora bondosa e compassiva".
"Jo viveu de acordo com seus valores até o fim, quando colocou à frente a segurança de sua equipe à sua. O Partido Trabalhista sempre terá orgulho de Jo", sentenciou.
Por France Presse