"Ela já demonstrou ser capaz de unir as pessoas, independentemente de sua origem ou partido político, para fazer adotar políticas para o bem do seu estado e do nosso país", indicou Donald Trump no comunicado.
"Ela é também uma negociadora reconhecida e nós temos a intenção de negociar muitos acordos", acrescentou.
"Nosso país enfrenta enormes desafios, a nível doméstico e internacional, e estou honrada em ter sido convidada pelo presidente eleito para me juntar a sua equipe e servir ao país que nós amamos na posição de embaixadora nas Nações Unidas", reagiu Haley, segundo o comunicado da equipe do novo presidente republicano.
Ela vai suceder Samantha Power, que ocupa atualmente o posto de embaixadora na ONU.
Embora tenha pouca experiência em política externa, sua nomeação traz diversidade para a equipe de governo do bilionário, muito crítico da imigração nos Estados Unidos.
Haley foi muito dura com Trump durante a campanha eleitoral, descrevendo-o em fevereiro como "tudo o que um governador não quer em um presidente".
Em um primeiro momento, a governadora apoiou o senador Marco Rubio durante as primárias republicanas e, em seguida, declarou apoio à indicação do senador Ted Cruz.
Da crítica à adesão
Haley é filha de um casal sij que foi para os Estados Unidos e abriu uma humilde loja de roupas.
Seu nome se tornou conhecido a nível nacional em 2010, quando a ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin a apoiou em sua campanha para se tornar governadora da Carolina do Sul.
A ajuda de Palin foi interpretada como um gesto para atrair figuras femininas dentro do chamado Tea Party, a parte ultraconservadora do Partido Republicano.
Em 2015, Haley foi apoiada por praticamente todo o país quando iniciou uma campanha para remover de todos os edifícios públicos da Carolina do Sul a bandeira confederada, vista pela maioria dos americanos como um símbolo racista.
A bandeira, que a própria Haley havia defendido anteriormente, é associada ao passado escravocrata do país e aos movimentos contrários aos direitos civis no século XX.
Considerando a visão de política externa delineada por Trump durante a campanha eleitoral e o papel internacional dos Estados Unidos, Haley terá muito trabalho diante da ONU.
Assuntos como a situação na Síria e na Ucrânia provocaram muita tensão na sede das Nações Unidas, em particular na relação dos Estados Unidos com a Rússia. Haley terá em suas mãos a chave dessas negociações.
Sua nomeação com embaixadora ante a ONU deverá ser confirmada pelo Senado.
Gabinete em formação
Trump voltou a utilizar o Twitter para falar sobre seus planos de governo na noite de terça-feira.
Em uma mensagem, o presidente eleito disse que "considerava seriamente" o médico ultraconservador Ben Carson, seu ex-adversário nas primárias republicanas, para o cargo de secretário de Habitação e Urbanismo.
"Cheguei a conhecê-lo muito bem. É uma pessoa talentosa que tem amor pelas pessoas", escreveu o magnata.
Por enquanto, Trump nomeou o senador Jeff Sessions como futuro secretário de Justiça e Procurador-Geral, Mike Pompeo como chefe da CIA e Reince Priebus como chefe de gabinete.
Também nomeou o general aposentado Mike Flynn como assessor de segurança nacional e o editor Steve Bannon como seu estrategista.
Por France Presse