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E se Trump decidir permanecer em Manhattan?

Medidas para aumentar a segurança e mudanças no trânsito de Nova York começam a ser estudadas

O que acontecerá se as especulações estiverem corretas e Donald Trump desistir de mudar para Washington, optando por manter sua residência principal em Nova York?

A pergunta foi feita pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, na sexta-feira (19/11).

Desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos na semana passada, o magnata imobiliário - que sempre morou em Nova York - praticamente não saiu de Manhattan.

Ele passou a maior parte do tempo com a família e seus assessores na Trump Tower, seu edifício na Quinta Avenida, provocando o caos no coração da maior cidade do país, consequência das questões de segurança envolvidas e dos protestos anti-Trump.

"Nunca enfrentamos uma situação como esta antes", afirmou De Blasio.
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Apesar de não ter revelado dados concretos, De Blasio explicou que a segurança para o presidente eleito é mais rigorosa do que a mobilizada durante a Assembleia Geral anual da ONU, que reúne dezenas de líderes mundiais.

As autoridades da cidade - que esperam que Trump permaneça na cidade com a aproximação das festas de fim de ano - planejam reforçar as medidas de segurança e as restrições de trânsito ao redor da Trump Tower até que ele assuma o poder em Washington em 20 de janeiro.

E o que acontecerá depois?

De Blasio, que se reuniu com Trump em seu edifício na quarta-feira, se recusa a fazer especulações.

"O presidente eleito tem que assumir primeiro seu posto e ter a experiência de estar na Casa Branca e tomar a decisão que considerar correta para ele e sua família" disse.

"Quando o presidente eleito assumir o papel de presidente dos Estados Unidos e tiver esta responsabilidade, a necessidade de estar em Washington e lidar com situações que apenas podem ser administradas a partir da Casa Branca será bastante frequente", afirmou, antes de completar: "Mas não é correto prejulgar".

Independente do que acontecer, De Blasio não esconde que espera limitar os gastos da polícia da cidade e recuperar o máximo possível com os reembolsos do governo federal.

Além dos policiais adicionais e das unidades antiterroristas mobilizadas em tempo integral ao redor da Trump Tower, De Blasio destacou o prejuízo sofrido pelo comércio na área ao redor do edifício com os engarrafamentos e as manifestações anti-Trump.

O prefeito pediu aos nova-iorquinos que evitem a área dentro do possível quando estiverem de carro.