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Atentados suicidas deixam nove mortos e 24 feridos na Nigéria

O Boko Haram intensificou os ataques depois de uma pausa que durou meses, causada por uma disputa pela liderança da organização afiliada ao grupo Estado Islâmico

Duas explosões de mulheres-bomba suspeitas de pertencerem a grupo radical Boko Haram mataram nove pessoas e feriram 24 na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, na manhã deste sábado (29/10).

A primeira explosão ocorreu por volta das 7 horas, quando suicidas tentavam entrar num campo de refugiados que mantém mais de 16 mil pessoas a salvo do grupo Boko Haram, contou o lutador Dan Batta. Os militares disseram que havia apenas uma agressora. "A suspeita feminina de bombardeio suicídio correu em direção a um grupo de homens e mulheres na entrada, enquanto eles estavam saindo do acampamento, matando cinco homens e ferindo 11 mulheres", disse em comunicado o coronel Mustapha Anka.

A segunda explosão aconteceu meia hora depois, a cerca de um quilômetro de distância, quando um táxi transportando dois passageiros explodiu em frente a um posto de gasolina, disse Anka. A mulher-bomba estava dirigindo o táxi e seguindo um caminhão-tanque "com o único objetivo de conseguir entrar para causar dano máximo e mortes". Em ambos os ataques, as terroristas foram impedidas de entrar, o que, preveniu de um número maior de vítimas, disse Anka.

Nove corpos, incluindo os das duas suicidas, foram recuperados e as 24 pessoas feridas nas explosões foram levadas para hospitais próximos, disse o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Emergências, Sani Datta.

O Boko Haram intensificou os ataques depois de uma pausa que durou meses, causada por uma disputa pela liderança da organização afiliada ao grupo Estado Islâmico. A insurgência, criada na Nigéria, já matou mais de 20 mil pessoas e se espalhou através das fronteiras do país, forçando cerca de 2,6 milhões de pessoas a deixar suas casas.