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Itália pode ser sacudida por mais sismos fortes, diz comissão oficial

A Comissão afirmou ter identificado, após o tremor de terra que deixou quase 300 mortos em 24 de agosto, três zonas onde poderia ocorrer uma forte atividade sísmica.

Outros fortes sismos poderiam acontecer na região central da Itália após os dois desta semana e o de agosto passado - alertou nesta sexta-feira (28) o organismo italiano encarregado de avaliar grandes riscos.

"Não há nenhuma evidência neste momento de que a sequência (sísmica) em curso tenha chegado ao fim", disse a Comissão Nacional para Previsão e Prevenção de Grandes Riscos (CGR).

O organismo afirmou ter identificado, após o tremor de terra que deixou quase 300 mortos em 24 de agosto, três zonas onde poderia ocorrer uma forte atividade sísmica.

Todas essas áreas são "adjacentes à falha (na crosta terrestre) responsável" pela tragédia que destruiu cidades inteiras, explicou a CGR no seu comunicado.

Além disso, essas zonas não tinham "visto terremotos grandes e recentes" (no momento em que o estudo foi feito) e eram suscetíveis de serem sacudidas por "terremotos de magnitude elevada (6-7)".

Os sismos da quarta-feira (de 5,5 e 6,1 graus de magnitude, respectivamente) "ativaram uma das zonas identificadas pela Comissão, ao norte do terremoto de agosto, enquanto que as outras duas não se moveram", segundo a CGR.

Essas duas últimas zonas, situadas na Cordilheira dos Apeninos, no centro da Itália, "constituem possíveis fontes de terremotos futuros na região", advertiu.

A Comissão afirmou que não "pode descartar que a atividade sísmica continue ao norte do Vettore-Bove", nome dos dois montes no limite entre as regiões de Úmbria e Marcas.

O organismo também descreveu os sismos de quarta-feira (26), que provocaram o desabamento de casas mas não deixaram mortos, como sendo típicos dos registrados nos Apeninos, e advertiu que a história mostrou que estes podem ser seguidos por fortes terremotos, mesmo com alguns meses de intervalo.