Nova Délhi, Índia - A Índia decidiu expulsar um membro da embaixada do Paquistão em Nova Déli por "espionagem", afirmou nesta quinta-feira um responsável do ministério das Relações Exteriores indiano.
Mohd Akhtar, funcionário do departamento de vistos da embaixada paquistanesa, "trabalhava para a ISI (agência de informação militar paquistanesa), segundo informações fidedignas dos últimos seis meses", declarou à imprensa Ravindra Yadav, um responsável policial.
A polícia deteve o suspeito na quarta-feira no zoológico de Nova Déli, com dois supostos cúmplices de nacionalidade indiana, em posse de documentos sobre a mobilização de tropas indianas na fronteira, afirmou.
O ministro das Relações Exteriores indiano "convocou o embaixador do Paquistão para anunciar que um membro da equipe da Alta Comissão foi declarado persona non grata por atividades de espionagem", declarou o porta-voz do ministério, Vikas Swarup, no Twitter.
O diplomata "foi detido quando aceitava documentos sensíveis sobre a segurança nacional", declarou o porta-voz.
Depois de ser interrogado, Mohd Akhtar foi libertado devido ao seu status diplomático, disse a fonte.
Os dois cidadãos indianos que estavam com ele no zoológico permanecem detidos, acrescentou.
As autoridades indianas deram ao diplomata paquistanês 48 horas para sair do país, segundo uma fonte diplomática paquistanesa.
Horas depois, o ministério das Relações Exteriores do Paquistão anunciou que convocou embaixador da Índia para o informar que Islamabad irá expulsar um diplomata indiano, Surjeet Singh, acusado de realizar atividades inadequadas.
A relação entre estas duas potências nucleares do sul da Ásia é muito tensa atualmente devido à disputa sobre a região da Caxemira.