Os líderes da União Europeia (UE) decidiram não enviar uma ameaça de sanções para a Rússia pelo seu apoio ao governo de Bashar al-Assad após objeções da Itália, afirmando agora que todas as opções permanecem abertas se os bombardeios em Aleppo por parte de Assad continuarem.
No final de uma reunião que foi até a madrugada desta sexta-feira, os líderes do bloco pediram pelo fim dos ataques aéreos da Rússia e da Síria em Aleppo, ações imediatas para permitir a entrada de ajuda humanitária na cidade e a retomada do processo de paz.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, se opôs fortemente a incluir ameaças de sanções contra a Rússia no comunicado oficial do bloco, forçando os líderes a remover o texto que estava em uma versão de rascunho, de acordo com fontes. "Se a Rússia continuar com os ataques aéreos, estará exposta à sanções", disse o presidente da França, François Hollande já na madrugada.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que os líderes da UE concordaram em levar em conta as sanções contra Rússia se "a intensidade dos bombardeios, como vimos nos últimos dias, continuar."
Após a reunião, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que os líderes discutiram as violações do espaço aéreo pela Rússia, as campanhas de desinformação, ataques cibernéticos, interferências nos processos políticos da UE e outras questões.
"Dado estes exemplos, fica claro que a estratégia da Rússia é enfraquecer a UE. Nós temos uma avaliação sóbria dessa questão e nenhuma ilusão. Aumentar as tensões com a Rússia não é nossa intenção, apenas estamos reagindo às ações tomadas pelo país", afirmou.