O governo etíope declarou neste domingo (9/10) o estado de emergência, após vários meses de violentos distúrbios no país, segundo um comunicado oficial.
"O estado de emergência foi declarado após um profundo debate no Conselho de Ministros sobre as mortes e os danos aos bens ocorridos no país", declarou o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn.
As declarações marcam um endurecimento da posição do governo, após meses de manifestações contra o executivo em diferentes partes do país, um movimento de protesto seguido por uma repressão que deixou centenas de mortos.
"Nós colocamos em primeiro lugar a segurança de nossos cidadãos. Além disso, queremos colocar um ponto final às destruições que foram realizadas contra projetos de infraestrutura, centros de saúde, da administração e edifícios da justiça", explicou.
A Etiópia enfrenta atualmente um movimento de protestos sem precedentes nas últimas décadas. Duas das comunidades, os oromos e amharas, que são maioria, se queixam de que estão marginalizados pelo grupo dos tigray, espinha dorsal do regime de governo.