Na declaração, os chanceleres dizem estar dispostos a contribuir para "o entendimento mútuo, a estabilidade politica, a recuperação econômica e os direitos humanos" na Venezuela. Com uma inflação anual de três dígitos (que, segundo o Fundo Monetário Internacional, pode chegar a 700%) e a falta de comida e remédios, Maduro está perdendo o apoio dos venezuelanos - mesmo daqueles que, nos últimos 17 anos, votaram em Hugo Chávez e seus seguidores.
Chávez prometeu reduzir as desigualdades, em um país que sempre dependeu das exportações de petróleo - um produto que valia muito nos últimos dez anos, mas cujo preço despencou. Nessa conjuntura, seu sucessor, Maduro, nao conseguiu sustentar os programas sociais, conter o aumento dos preços e controlar a falta de produtos.
Agora, a permanência da Venezuela no Mercosul também está sendo questionada. Três dos quatro países fundadores (a Argentina, o Brasil e o Paraguai) consideram que a Venezuela não respeita os direitos humanos - uma das condições para fazer parte do bloco. O Uruguai, quarto membro fundador, manteve posição neutra.