Nações Unidas, Estados Unidos - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse na sede da ONU nesta quinta-feira (22/9) que não pretende se candidatar a um novo mandato presidencial após o fim de sua atual gestão, em janeiro de 2020.
[SAIBAMAIS]"Não entendem que aqui estamos insinuando modificar a Constituição novamente por meio de um referendo", expressou o mandatário boliviano em coletiva de imprensa, onde reafirmou que "minha gestão constitucional acaba em 22 de janeiro de 2020".
Em fevereiro passado, Morales buscou inutilmente, mediante um referendo, se reeleger a partir de uma reforma constitucional, mas nesta quinta-feira afirmou que essa proposta não partiu dele.
"Não foi uma proposta de Evo este referendo para modificar a Constituição", assegurou.
O presidente boliviano disse que se sentia "conformado e satisfeito" com sua gestão à frente do país. "Quero bater todos os recordes desde a fundação da república. Estou feliz. Quero ser o melhor presidente" que a Bolívia já teve, assinalou.
Morales foi eleito em janeiro de 2006 e posteriormente foi reeleito em duas oportunidades, iniciando seus mandatos em 2010 e 2015.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, Evo Morales retomou suas duras críticas à gestão de Luis Almagro no comando da Organização dos Estados Americanos (OEA), a quem já havia atacado no dia anterior, durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, por tomar decisões sem a ordem dos países do grupo.
Alamagro "é um secretário. Não é o presidente e não tem um cargo executivo", disse, acrescentando que a Bolívia, não pretende iniciar qualquer iniciativa para uma "destituição" de Almagro. "Mas acreditamos que deveria ser feita uma profunda reflexão".