Espera-se que mais 30 países se juntem formalmente nesta quarta-feira (21/9) ao acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, aproximando-o da realidade, de acordo com as Nações Unidas.
O organismo mundial disse que 30 estados iriam apresentar sua ratificação do acordo na Assembleia Geral da ONU, incluindo Brasil, Argentina, México, Bangladesh, Cingapura, Tailândia e os Emirados Árabes Unidos.
Sob o acordo de Paris, selado no ano passado na capital francesa, mais de 170 países se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais, para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.
Para entrar em vigor, no entanto, 55 países responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais de gases do efeito estufa devem aderir ao acordo em âmbito nacional.
Até terça-feira, 29 países por trás de 40% das emissões já tinham ratificado o acordo, segundo a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
O acordo recebeu um grande impulso no início deste mês, quando a China e os Estados Unidos, os dois maiores emissores, o ratificaram durante uma reunião entre os presidentes Barack Obama e Xi Jinping.
Com as 30 novas ratificações esperadas para esta semana, o número total de países a darem seu consentimento ultrapassará 55, mas estes provavelmente não atingirão o mínimo requerido de 55% das emissões.
A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségol;ne Royal, disse à AFP na segunda-feira que estava otimista sobre a entrada em vigor do acordo antes da próxima conferência do clima promovida pelas Nações Unidas, em 7 de novembro em Marrakesh.
A conferência começará um dia antes da eleição nos Estados Unidos, na qual o candidato presidencial republicano Donald Trump, que rejeita a ciência sobre as mudanças climáticas, prometeu rasgar o acordo de Paris.
O presidente do Brasil, Michel Temer, disse à Assembleia Geral da ONU no início desta terça-feira que ele iria ratificar o acordo, afirmando que seu país está comprometido com a proteção ambiental.