Nações Unidas, Estados Unidos - Ao menos 18 caminhões de um comboio com ajuda humanitária foram bombardeados nesta segunda-feira na Síria, confirmou a ONU, enquanto a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informava 12 mortos no ataque.
[SAIBAMAIS]O comboio estava na estrada próxima ao povoado de Orum al-Kubra, na província de Aleppo, para entregar ajuda a cerca de 78 mil pessoas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou que o bombardeio matou 12 voluntários do Crescente Vermelho e motoristas de caminhões de ajuda humanitária na zona de Orum al-Kubra.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), "a situação no local é muito caótica".
"Estamos chocados com que trabalhadores humanitários e das missões voltem a sofrer com a brutalidade deste conflito", disse à AFP a porta-voz da Cruz Vermelha Ingy Sedky.
O chefe das operações humanitárias da ONU, Stephen O'Brien, se declarou "muito preocupado" e apelou a "todas as partes no conflito, uma vez mais, que adotem todas as medidas necessárias para proteger os atores humanitários, os civis e as infraestruturas civis, como exigem as leis humanitárias internacionais".
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, condenou o ataque "com a maior firmeza" e declarou que "a destruição de um comboio de ajuda humanitária que se dirigia a Aleppo ilustra a urgência do fim das hostilidades na Síria".
Ayrault fez tal declaração no início da reunião de países que apoiam a oposição síria, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Segundo o OSDH, ao menos 32 civis morreram em Aleppo e na província homônima, nesta segunda-feira à noite, durante "bombardeios aéreos intensivos", horas depois do anúncio do "fim" da trégua feito pelo governo.
Seis civis, entre eles uma criança, morreram na cidade de Aleppo, e outros 22, no oeste da província, incluindo os 12 voluntários do Crescente Vermelho e motoristas de caminhões de ajuda humanitária. Além disso, mais quatro civis foram fatalmente atingidos no leste da província, de acordo com a ONG, que cita dezenas de feridos.