A Coreia do Norte está pronta para um "contra-ataque" diante da "provocação" dos Estados Unidos - afirmou seu chanceler, Ri Yong-ho, nesta quinta-feira (15/9), durante a Cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados (MNA), realizada na Venezuela.
"O povo da Coreia indicou que nós estamos prontos para fazer um contra-ataque contra a provocação dos inimigos", disse Yong-ho, ao intervir na reunião de ministros das Relações Exteriores do MNA, segundo a tradução de uma intérprete.
O alerta acontece depois que, na última sexta-feira (9/9), a Coreia do Norte fez um quinto teste nuclear em Punggye-ri, no nordeste do país.
Depois do potente ensaio, dois bombardeiros americanos B-1B sobrevoaram a Coreia do Sul na terça-feira (13/9), em uma demonstração de força contra o regime de Pyongyang.
O ministro Ri Yong-ho justificou os testes nucleares diante do que denunciou como "ameaças" de Washington, que já teria efetuado voos similares aos da última terça-feira, em resposta a testes anteriores.
"Era inevitável que a República Democrática da Coreia usasse a opção do armamento nuclear depois de ter feito de tudo para proteger a Segurança Nacional, em vista das ameaças constantes dos Estados Unidos", argumentou o chanceler.
Yong-ho considerou os testes como parte de uma política de "legítima" defesa e disse que os exercícios militares norte-americanos levaram a Península da Coreia a uma situação de "perigo e fora de controle".
"Nosso armamento nuclear não está em contradição com a posição do MNA, que é antinuclear e antiproliferação", garantiu o ministro a seus colegas e delegados dos 120 países que formam esse bloco criado na Guerra Fria.
A Coreia do Norte também realizou testes de mísseis nos últimos meses.