Trump chamou atenção na quarta-feira ao dizer que o presidente da Rússia era "muito mais líder" que Obama em uma entrevista televisionada.
"Estimo que teria uma relação muito boa com Putin (...) Foi um líder, muito mais que o nosso presidente", declarou.
"Não foi o presidente russo que invadiu a Crimeia e apoia Bashar al-Assad na Síria?", perguntou a Trump o jornalista da NBC, Matt Lauer, durante a entrevista. Trump respondeu: "Você quer que eu comece a enumerar as coisas que o presidente Obama fez neste mesmo tempo?".
"Não se suspeita que a Rússia esteja por trás das ações de hackers contra o Partido Democrata em julho?", perguntou novamente. "Ninguém sabe com certeza", alegou o magnata imobiliário.
Trump também atacou o exército.
"Os generais foram reduzidos a cinzas", disse o candidato, antes de ressaltar que tem "fé em alguns dos comandantes".
O magnata enfrentará Hillary Clinton na eleição presidencial de novembro, na qual a ex-primeira-dama democrata aparece como favorita.
Anteriormente Trump já havia irritado muitos na comunidade militar ao zombar do senador e ex-prisioneiro de guerra John McCain por ter sido capturado no Vietnã.
"Não é um herói de guerra. É porque foi capturado que é um herói de guerra. Eu quero as pessoas que não foram capturadas", havia declarado o magnata sobre McCain.
Hillary, por sua vez, considerou "aterrador" que Trump "prefira" o presidente russo em vez de Barack Obama.
"Curiosamente outra vez (Trump) elogiou Vladimir Putin como homem forte da Rússia. Dando surpreendentemente o passo de preferir o presidente russo invés de nosso presidente americano, não apenas é antipatriótico e insultante para os habitantes de nosso país e nosso comandante-em-chefe, é aterrador", declarou na pista do aeroporto de White Plains (estado de Nova York).
"O que (o ex-presidente republicano) Ronald Reagan diria de um candidato republicano que ataca os generais americanos e elogia o presidente da Rússia? Sabemos a resposta", afirmou.
Falando no Laos sobre a inadequação da Trump para o cargo, Obama observou que, no decorrer da época da eleição, "as pessoas começam a pensar que comportamento que em tempos normais poderíamos considerar completamente inaceitáveis e escandalosos se tornam comuns".
Obama deve ajudar na campanha eleitoral de Hillary ao retornar aos Estados Unidos, onde o número de eleitores se tornará uma questão chave.
Obama venceu as eleições presidenciais de 2008 e 2012 com folga por conseguir levar às urnas um grande número de jovens, negros, latinos e asiáticos.