Ancara, Turquia - A Turquia afastou quase 8 mil policiais nesta quinta-feira (2/9), em mais um capítulo do expurgo após o golpe fracassado de 15 de julho, informou a imprensa estatal.
No total, 7.669 policiais e 323 membros da gendarmeria foram afastados de suas funções. O governo em Ancara acusa o clérigo Fethullah Gulen, que vive nos Estados Unidos, de liderar o golpe de Estado, que provocou a morte de 284 pessoas, incluindo 24 golpistas.
Ankara acusa Gulen de montar um "estado paralelo" na Turquia, infiltrando seus seguidores nas instituições do Estado. Gulen, 75 anos, que vive há 15 anos na Pensilvânia, nega as acusações.
Após a tentativa de golpe, todos os organismos do Estado foram reestruturados, em uma operação que Erdogan qualificou de limpeza do "vírus" inoculado por Gulen. Segundo a rede estatal NTV, 543 promotores e juízes foram afastados nesta quinta-feira e estão sendo investigados por suposto envolvimento no golpe.
Durante o dia, o ministério da Defesa anunciou o afastamento de 820 militares. Desde julho, as Forças Armadas já afastaram 4.451 homens, incluindo 151 generais e almirantes.
No mês passado, o premier turco, Binali Yildirim, informou que 40 mil pessoas foram detidas por envolvimento com o golpe, e que mais de 20 mil seguem na prisão.