Tratores com enormes garras e outros equipamentos pesados erguem os destroços da devastada cidade de Amatrice, na Itália, levantando restos de estruturas que ficam pendurados perigosamente enquanto investigadores tentam descobrir se a negligência no cumprimento de regras de construção pode ter elevado o número de mortos na tragédia.
A investigação irá se concentrar em algumas instalações, incluindo uma escola fundamental em Amatrice que desmoronou quando o terremoto atingiu a cidade na quarta-feira. A escola foi reformada em 2012 para resistir a terremotos, numa obra que custou 700 mil euros (o equivalente a R$ 2,5 milhões).
Questionamentos também pairam sobre uma torre que guardava um sino em Accumoli e que se destruiu completamente, matando uma família de quatro pessoas que dormia numa casa vizinha, incluindo um bebê de oito meses e um menino de 7 anos. A torre do sino também havia sido restaurada recentemente com fundos especialmente alocados depois do último terremoto em L;Aquila, em 2009.
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O terremoto na madrugada de quarta-feira matou 291 pessoas e feriu centenas ao colocar abaixo três cidades medievais do centro da Itália. Giuseppe Saieva, o promotor na capital regional de Rieti, disse que o alto número de mortes "não pode ser considerado trabalho do destino".
Segundo Saieva, a polícia manteve foco em esforços de resgate, mas, uma vez passada essa fase, ela deve se concentrar nas investigações.
O terremoto de magnitude 6.2 destruiu não apenas casas residenciais, mas também igrejas e alguns tesouros arquitetônicos de centenas de anos. Museus estatais da Itália lançaram uma campanha para levantar fundos e doações para os esforço de reconstrução na região do terremoto.
Ninguém foi resgatado vivo das ruínas desde quarta-feira e as esperanças de encontrar sobreviventes desapareceram. O número de pessoas ainda desaparecidas é incerto, uma vez que a região recebia muitos turistas que buscavam apreciar os últimos momentos do verão.
Centenas de pessoas também ficaram desabrigadas por conta do terremoto, com muitos passando as noites em barracas. Moradia de longo prazo para os sobreviventes deve ser mais um desafio das autoridades italianas.