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Banco do Sul chama Brasil e Paraguai para ratificar sua fundação

Acrescentou que "para nós é muito importante contarmos" com o Brasil e Paraguai no BDS, que prevê acumular 7 bilhões de dólares em capital e impulsionar projetos de desenvolvimento na região

Quito, Equador - O Banco do Sul (BDS), que ainda não operará como entidade de desenvolvimento, chamou, nesta sexta-feira, Brasil e Paraguai para ratificar a ata que o fundou em 2007 junto com Bolívia, Argentina, Equador, Uruguai e Venezuela.

[SAIBAMAIS]"Continuamos estimulando tanto o Brasil como o Paraguai para que ratifiquem, nos espaços legislativos desses países, a criação do Banco do Sul", disse o chanceler equatoriano, Gillaume Long, ao anunciar uma reunião do organismo na próxima semana em Quito.



Acrescentou que "para nós é muito importante contarmos" com o Brasil e Paraguai no BDS, que prevê acumular 7 bilhões de dólares em capital e impulsionar projetos de desenvolvimento na região.

Um terremoto registrado em 16 de abril no Equador, que deixou mais de 500 mortos e populações costeiras devastadas, obrigou a suspender uma cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) prevista para seis dias depois em Quito, onde seria avaliada a urgência e importância do início das operações do BDS.

O BDS foi criado por iniciativa do falecido ex-presidente argentino Ernesto Kirchner, visando construir uma nova arquitetura financeira na América do Sul, sem somar a Colômbia, Chile, Guiana, Peru e Suriname.

Antes da reunião de três dias do BDS, na próxima terça-feira na sede da Unasul - nos arredores de Quito -, Long indicou à imprensa estrangeira que "pode-se avançar" no processo para que a entidade funcione devido à norma estabelecida de "poder começar com cinco países".

"A criação do Banco do Sul é considerada um elemento-chave que fomenta a economia e o retorno do capital de países latino-americanos existentes no exterior, permitindo o financiamento de iniciativas regionais", expressou a direção-executiva do BDS no Equador.

Acrescentou que a América Latina tem depósitos de mais de um bilhão no resto mundo, dos quais 75% estão investidos nos Estados Unidos.

O BDS deve reunir um capital de 7 bilhões de dólares com as contribuições de Brasil, Argentina e Venezuela (2 bilhões de cada um), Equador e Uruguai (400 milhões por país) e Bolívia e Paraguai (100 milhões de cada).

"Temos tido uma série de atrasos" no que se refere às contribuições globais de capital, manifestou o diretor-executivo do Equador no BDS, Andrés Arauz, acrescentando que o tema será analisado na reunião de Quito.