Washington, Estados Unidos - Washington admitiu ter esperado o Irã libertar os prisioneiros americanos antes de ordenar o pagamento de 400 milhões de dólares em dinheiro que devia a Teerã, mas insistiu que não houve resgate. Os republicanos, incluindo Donald Trump, usaram esta admissão, anunciada na quinta-feira, como prova de que a administração do presidente Barack Obama enganou a opinião pública.
"Diante da preocupação de que o Irã pudesse se negar a libertar os prisioneiros (...) é claro que buscamos manter o máximo de pressão até que os cidadãos americanos fossem libertados", disse o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby, aos jornalistas. "Esta era nossa prioridade máxima", afirmou. Em janeiro, cinco americanos foram soltos ao mesmo tempo em que Washington anistiou sete iranianos e retirou ordens de prisão contra outros 14.
Imediatamente depois, os Estados Unidos enviaram por avião 400 milhões de dólares em francos suíços e euros ao Irã. O governo americano insiste que o dinheiro estava destinado a saldar uma velha dívida derivada de uma compra de material militar por parte de Teerã. O dinheiro foi entregue em 17 de janeiro, um dia após o controverso acordo nuclear entre o Irã e as principais potências entrou em vigor.