Buenos Aires, Argentina - A chanceler argentina, Susana Malcorra, afirmou nesta quarta-feira que o governo de Mauricio Macri não foi pressionado no que diz respeito à controvérsia sobre a passagem da presidência pro tempore do Mercosul à Venezuela.
[SAIBAMAIS]"Não temos recebido pressão de ninguém", disse Malcorra em uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega da Dinamarca, Kristian Jensen.
A ministra das Relações Exteriores fez a declaração depois que o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, afirmou que o Brasil "tentou comprar o voto" de seu país para que a Venezuela não assumisse a presidência rotativa do bloco.
A chanceler garantiu que se está "trabalhando muito para conseguir que esse impasse que no Mercosul pelo tema da passagem se resolva rápido".
"Temos que reforçar o Mercosul, sair desse impasse e avançar não só nas negociações como na União Europeia, mas também em um Mercosul mais forte, sólido, e que integre nossas economias, que é a melhor forma de chegar ao mundo", disse.
Argentina, Paraguai e Brasil consideram que a Venezuela ainda não adquiriu os estatutos para adaptar-se às normas do Mercosul.
Segundo Malcorra, o bloco "fixa as necessidades de cumprimento, mas não determina exatamente como lidar com descumprimentos".
Nesse sentido, pediu consenso com base em diferentes alternativas: "se a opção é estender o prazo de cumprimento, ou dar por descumprido ou estender com certos condicionantes", enumerou.
"Tudo isso deve ser feito no entendimento de que queremos solidificar o Mercosul e por isso devemos unificar posições", insistiu a ministra.