A comunidade muçulmana da mesquita de Ozone Park, no distrito do Queens, em Nova York, culpa a retórica anti-islã do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo assassinato do imã Maulama Akomjee e de seu assistente, ocorrido ontem (13). O imã é um líder espiritual ou clérigo profissional para a maioria dos muçulmanos.
Os dois foram executados com tiros na cabeça disparados por um homem que se aproximou por trás e não disse sequer uma palavra. De acordo com os fiéis que frequentam a mesquita, os homicídios estão ligados a um "crime de ódio".
Para eles, Trump e sua retórica deram gás à "islamofobia" no país, permitindo esse tipo de ataque. Em diversas ocasiões, o republicano - ra combater o terrorismo - chegou até a prometer a proibição da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.
Akomjee, 55 anos e pai de três filhos, era um respeitado líder religioso desde sua chegada a Nova York, em 2014, proveniente de Bangladesh. Horas depois do assassinato, fiéis realizaram uma vigília em homenagem ao imã e que contou com a presença de uma representante do prefeito Bill de Blasio.
A polícia divulgou um retrato falado que mostra o suposto atirador com óculos, barba e estatura média.