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Quase 90% dos japoneses aprovam abdicação do imperador

Esta semana, o imperador Akihito, de 82, manifestou preocupação com sua capacidade de continuar exercendo a função

Quase 90% dos japoneses são favoráveis a uma mudança legal no país, que permita ao imperador abdicar - revela uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (horário local).

Esta semana, o imperador Akihito, de 82, manifestou preocupação com sua capacidade de continuar exercendo a função, à medida que suas forças declinam com a idade. A lei determina que o imperador permaneça no cargo até a morte.

Segundo a enquete, 89% são favoráveis a "conceder ao imperador o direito de abdicar", e apenas 4% se opõem.

A pesquisa foi realizada entre terça e quinta-feira (11) pelo jornal Nikkei e pela emissora TV Tokyo, e mil pessoas foram entrevistadas.

São o governo e o Parlamento que devem tomar a iniciativa para modificar a legislação atual da Casa Imperial, ou, eventualmente, criar uma lei específica de abdicação.

Akihito chegou ao trono em 1989, após a morte de seu pai, Hirohito, e é parte da monarquia mais antiga do mundo. Eles estão no trono há 2.600 anos.

A Constituição pacifista do fim da Segunda Guerra Mundial retirou do imperador do Japão seu caráter divino, assim como os poderes de governo, transformando-o no "símbolo da nação e da unidade do povo".