Jornal Correio Braziliense

Mundo

Líbia nega precisar de tropas estrangeiras atuando em seu território

"Nossos homens podem agir sozinhos, uma vez obtida a cobertura americana", disse o chefe de governo líbio de unidade nacional

Roma, Itália - "Não precisamos de tropas estrangeiras em solo líbio", afirmou nesta quarta-feira (10/8) o primeiro-ministro do governo de unidade nacional líbio (GNA), Fayez al Sarraj, cujas tropas combatem o grupo extremista Estado Islâmico (EI), em uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.

O jornal Washington Post publicou na terça-feira (9/8) que forças especiais americanas apoiaram pela primeira vez de forma direta as forças líbias em sua luta contra o EI em Sirte, nas mãos da organização extremista há mais de um ano. "Só solicitei a intervenção com ataques aéreos americanos que devem ser muito cirúrgicos e limitados no tempo e nas zonas geográficas, sempre coordenados conosco", afirmou Sarraj.

[SAIBAMAIS]"Nossos homens podem agir sozinhos, uma vez obtida a cobertura americana", disse o chefe de governo líbio de unidade nacional. As forças do GNA tentam, mediante uma operação militar lançada em 12 de maio, retomar o controle desta cidade costeira situada 450 quilômetros a leste da capital, Trípoli, nas mãos do EI desde junho de 2015. A pedido do GNA, os Estados Unidos bombardeiam desde 1; de agosto alvos jihadistas em Sirte. Segundo o Washington Post, as tropas americanas trabalham em coordenação com as britânicas.



Sarraj advertiu para a periculosidade do grupo Estado Islâmico, "disposto a utilizar todos os meios para enviar seus militantes à Itália e à Europa" e afirmou que não ficaria surpreso em saber que "militantes do grupo EI se escondem entre os migrantes nas embarcações" que se dirigem à costa italiana. A Itália, que reconhece o governo de unidade nacional de Sarraj, autorizou os Estados Unidos a utilizar suas bases e seu espaço aéreo para bombardear posições do EI na Líbia.