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Japoneses lembram nesta terça-feira bombardeio atômico de Nagasaki

Na presença de representantes de dezenas de países, o prefeito da cidade, Tomohisa Taue, evocou a visita história realizada em maio deste ano pelo presidente americano, Barack Obama, a Hiroshima



O Japão "propõe a abolição das armas nucleares, mas ao mesmo tempo se apoia na dissuasão nuclear" através de sua aliança com os Estados Unidos, disse. Taue convocou o governo a "inscrever na lei os três princípios antinucleares" adotados em 1967. Trata-se dos princípios de não produção, não posse e não autorização em seu território de armas nucleares. Tomihisa Taue também convocou as gerações jovens a ouvir o relato dos "hibakusha" (sobreviventes irradiados), cuja idade já supera os 80 anos.

Assim como em Hiroshima, no sábado passado, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reafirmou a vontade do Japão de militar pela abolição das armas nucleares. "Jamais devemos deixar que se repitam as terríveis experiências de Hiroshima e Nagasaki", disse Abe. A bomba de plutônio batizada de "Fat Man" estava destinada, a princípio, à cidade de Kokura, ao norte de Nagasaki, onde havia uma importante fábrica de armas. Mas o bombardeiro B-29, batizado de Bockscar, mudou seu alvo no último minuto por razões meteorológicas.

Três dias antes, a bomba de urânio "Little Boy" havia destruído Hiroshima, provocando a morte de 140 mil pessoas, a metade delas na hora. As duas bombas atômicas lançadas pelos americanos precipitaram a capitulação do Japão no dia 15 de agosto de 1945 e, de fato, o fim da Segunda Guerra Mundial.