Agência France-Presse
postado em 02/08/2016 18:00
Guwahati, Índia - As autoridades indianas encarregadas da proteção da fauna pediram nesta terça-feira que a população contribua com a alimentação de oito bebês rinocerontes de uma espécie muito rara que se perderam das suas mães depois das chuvas monçônicas, que deixaram mais de 50 mortos.[SAIBAMAIS]As equipes de resgate conseguiram salvar os animais, que estavam ameaçados pelas inundações no parque nacional de Kaziranga, que abriga a maior população de rinocerontes do mundo.
Rathin Barman, diretor adjunto do Fundo Indiano para a Fauna, disse que sua equipe está lutando para alimentar e e curar os rinocerontes, que têm entre um e oito meses.
"Alguns estão feridos e estão sendo tratados por nossas equipes", disse Barman à AFP, acrescentando que os animais estão recebendo leite materno e vitaminas.
"Não vamos deixá-los antes de que tenham dois anos", afirmou.
"Fazemos um apelo ao público para doar dinheiro para a manutenção dos bebês resgatados. Eles bebem seis embalagens de leite por dia, que custam, 1.500 rúpias (23 dólares), e isso vai continuar por no mínimo um ano", disse.
Não ficou claro se os bebês ficaram órfãos pelas enchentes ou se foram separados de suas mães enquanto os animais tentavam fugir para terrenos mais altos.
Dezessete rinocerontes adultos, juntamente com veados e outros animais foram encontrados afogados em Kaziranga, uma área florestal protegida de 430 quilômetros quadrados no estado de Assam.
O parque, que abriga cerca de 2.500 rinocerontes, atrai recordes de turistas e foi visitado pelo príncipe William do Reino Unido e sua esposa Kate durante uma visita oficial à Índia no início deste ano.
Barman disse temer que mais rinocerontes vão precisar de assistência quando as águas recuarem no parque, que teve parte da sua vegetação destruída pelas enchentes.
As inundações que atingiram os estados de Assam e Bihar na semana passada deixaram mais de 50 mortos e pelo menos 2,3 milhões de desabrigados.
As inundações e deslizamentos de terra também deixaram vítimas fatais nos países vizinhos Nepal e Bangladesh.