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Papa Francisco se diz preocupado com alto desemprego na Argentina

"O trabalho é tão difícil de consegui-lo, sobretudo quando continuamos vivendo momentos nos quais os índices de desemprego são significativamente altos", afirma o Papa



O governo de centro-direita de Mauricio Macri, no poder desde 10 de dezembro do ano passado, admitiu na última semana que nos primeiros cinco meses deste ano foram perdidos 52.516 postos de trabalho no setor privado. Sindicatos contabilizam aproximadamente 200.000 demissões nos setores privados e públicos desde que iniciou sua gestão. O instituto estatístico, que realiza uma revisão de seus cálculos, revelará no dia 23 deste mês o índice de desemprego.

Macri vetou em maio a lei antidemissões aprovada pela oposição com o apoio sindical, que previa a suspensão de demissões por 180 dias e a dupla indenização se a demissão fosse considerada "desnecessária". Quase a metade dos argentinos que tem emprego teme perdê-lo, segundo uma pesquisa da consultoria privada Analogías divulgada em maio. O Observatório Social da Universidade Católica revelou que a pobreza atingiu no primeiro trimestre de 2016 1,4 milhão de pessoas, um aumento de 34,5%.