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Hillary Clinton inicia fase inédita em campanha pela Casa Branca

Apesar de Obama ter substituído Hillary à frente da máquina diplomática americana em seu segundo mandato, iniciado em 2013, nesta campanha o presidente nunca escondeu seu apoio, para além da discrição que seu cargo impôs



[SAIBAMAIS]Por fim, se Bill Clinton se concentrou na Hillary esposa e mãe, Obama ressaltou a imagem da funcionária pública exemplar habituada a tomar decisões transcendentais e complexas. "Nada te prepara realmente para as exigências do Salão Oval. Até que você se sente diante desta mesa, não sabe como é administrar uma crise global, enviar gente à guerra. Mas Hillary já esteve neste Salão; foi parte das decisões", disse Obama em seu discurso. Esta quinta-feira, dia do encerramento da Convenção Democrata, também contará com a filha de Bill e Hillary, Chelsea, entre os oradores.

Ambiente de polêmica
A aceitação da candidatura por parte de Hillary, uma formalidade necessária nas normas partidárias, será realizada em coincidência com um novo e espetacular escândalo político protagonizado por Donald Trump, o candidato pelo Partido Republicano.

Trump convocou uma coletiva de imprensa para negar qualquer relação com a suposta participação de espiões russos na invasão dos servidores de e-mail do Comitê Nacional do Partido Democrata, mensagens que ao serem divulgadas na semana passada já haviam provocado uma tempestade.

No entanto, Trump terminou pedindo à Rússia que utilize seus espiões para investigar os e-mails de Hillary quando era secretária de Estado. "Rússia, se está me ouvindo: espero que seja capaz de encontrar os 30 mil e-mails que estão perdidos. Provavelmente serão generosamente recompensados pela imprensa", disse Trump em referência aos e-mails que Hillary disse ter apagado dos servidores privados que mantinha em sua residência quando era secretária de Estado.

O ex-diretor da CIA e ex-secretário de Defesa Leon Panetta disse na Convenção Democrata que era inconcebível que um candidato presidencial americano pedisse que um adversário político fosse alvo de espionagem por parte de um país estrangeiro.