O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, garantiu que permanece no poder, após uma tentativa de golpe militar deflagrada na sexta-feira (15/7). "Há na Turquia um governo e um presidente eleito pelo povo, e seu Deus quiser, vamos superar este desafio", disse Erdogan ao convocar os "milhões" de turcos a ocupar as ruas para defender a Nação.
"Os que vieram nos tanques serão capturados porque estes tanques não lhes pertencem", afirmou o presidente durante coletiva concedida no aeroporto de Istambul. No mesmo aeroporto de Atatürk, onde foi recebido por uma multidão que agitava bandeiras turcas, Erdogan acusou de "traição" o imã radicado nos Estados Unidos Fethullah Gülen, por promover o golpe militar.
Mais cedo, o grupo ligado ao clérigo Gulen condenou a tentativa de golpe, afirmando que "por mais de 40 anos, os participantes do Fethullah Gulen e Hizmet têm defendido e manifestado seu compromisso com a paz e a democracia".
"Temos denunciado consistentemente intervenções militares na política doméstica. Estes são valores centrais dos participantes do Hizmet. Condenamos qualquer intervenção militar na política doméstica da Turquia", acrescentou a Aliança por Valores Compartilhados, sediada nos EUA.
Na mesma entrevista, Erdogan revelou que o hotel onde estava de férias em Marmaris, um balneário do sudoeste da Turquia, foi bombardeado após sua partida.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, ordenou que as forças armadas abatam os aviões e helicópteros que estão em poder dos militares "golpistas".
"Os aviões de combate decolaram da base de Eskisehir", no oeste da Turquia, para enfrentar os aparelhos rebeldes, disse um funcionário.