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Governo uruguaio está disposto a vender maconha fora de farmácias

Das 1000 farmácias do país, apenas 50 se credenciaram ao programa

O governo uruguaio está disposto a buscar pontos de venda de maconha para uso recreativo alternativos às farmácias para cumprir com a lei que em 2013 regulou a produção e a venda desta droga.

Apenas 50 farmácias, das cercas de mil que existem no país, aderiram ao plano do governo do presidente Tabaré Vázquez, que deu continuidade à política sobre drogas levantada por seu antecessor José Mujica (2010-2015).

"Para nós, embora a manifestação de vontades tenha sido um pouco lenta, é um número suficientemente interessante para fazer um plano piloto", declarou o secretário-geral da Junta Nacional de Drogas (JND) do Uruguai, Milton Romani, em declarações ao jornal local El País publicadas neste domingo.

Romani acrescentou que está sendo colhida a primeira safra de cannabis para uso recreativo, que chegará nos próximos meses às farmácias, o melhor local, segundo ele, para vender a droga, "porque o governo não quer promover o consumo, mas regulá-lo".

No entanto, o funcionário reconheceu que é possível ampliar os pontos de venda para garantir que alcançará todos os usuários.

"Os que especulavam que este governo não aplicaria a lei devem tirar isso da cabeça porque vamos vender nas farmácias ou onde quer que seja. Se as farmácias forem uma dor de cabeça, venderemos por outros canais", disse Romani.

Os usuários poderão comprar até 10 gramas por semana nas farmácias habilitadas, mediante um registro prévio nas agências de correio do Uruguai, para o qual se exige que a pessoa seja maior de idade e cidadã uruguaia, ou estrangeiros com um mínimo de dois anos de residência no país.