Perto do memorial de Thiepval, de 45 metros de altura, erguido em 1932 e onde figuram os nomes dos 72 mil soldados do Reino Unido e da África do Sul que morreram na batalha, os três representantes leram os textos sobre o "inferno" de guerra, os gestos de respeito entre tropas inimigas e a reconstrução do pós-guerra.
O memorial, o maior da Commonwealth no mundo, atrai a cada ano quase 150 mil pessoas, em especial britânicos, irlandeses, australianos e canadenses. Cerca de 600 crianças - 300 britânicas e 300 francesas - participaram da cerimônia, transmitida ao vivo no Reino Unido pela BBC.
;A flor de uma geração;
O 1; de julho de 1916, início da ofensiva, representa o dia mais violento da história britânica, com 20 mil mortos ou desaparecidos - a maioria durante a primeira hora - e 40 mil feridos. Para os britânicos, Somme ficou marcada na memória coletiva, como a batalha de Verdun para os franceses.
"Perdemos a flor de uma geração (...) em muitos aspectos este dia foi o mais triste da longa história de nossa nação", afirmou na quinta-feira o príncipe William, durante uma cerimônia militar no memorial de Thiepval. "Esta noite reconhecemos os fracassos dos governos europeus, incluindo o nosso, para evitar a catástrofe da guerra mundial", prosseguiu o príncipe, ao lado da esposa Catherine e do irmão Harry.
Outras homenagens estão previstas para recordar os soldados escoceses, canadenses e também alemães. O ex-presidente alemão Horst Koehler (2004-2010) visitará o cemitério militar de Fricourt, que tem as sepulturas de 17.027 soldados do países. Nos últimos dias, ingleses, escoceses, galeses, irlandeses e canadenses começaram a chegar à pequena cidade de Albert (10 mil habitantes), no centro das cerimônias.