<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/06/29/538266/20160629000903791912a.JPG" alt="O ativista Qamar Naseen (C) com transgêneros: "Janela de oportunidades"" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">Em uma decisão surpreendente, ao menos 50 clérigos islâmicos divulgaram um fatwa (decreto religioso) que autoriza os transgêneros a se casarem. ;Um homem transgênero pode se casar com uma mulher transgênero, e vice-versa, mas pessoas interssexuais ; nascidas com características físicas sexuais que não são compatíveis às noções binárias típicas de corpos masculinos e femininos ; não podem se casar, de acordo com o islã;, declarou o múfti Muhammad Imran Hanfi Qadri, líder da organização religiosa muçulmana Tanzeem Ittehad-i-Ummat.<br /><br />Presidente da TransAction Alliance, entidade em defesa dos transgêneros, Farzana Jan saudou o fatwa. ;Era por isso que estávamos lutando desde o ano passado. Se o governo do Paquistão emitia documentos de identidade com as denominações ;transgênero feminino; e ;transgênero masculino;, então tinha que nos dar o direito ao casamento;, afirmou ao Correio a ativista transgênero de 32 anos, moradora de Peshawar. ;O fatwa nos reconhece como cidadãos, pede que nos deem o devido respeito e rejeita crimes de ódio e de violência motivados por orientação sexual e identidade de gênero.;<br /><br />Para Qamar Naseem, coordenador do programa Blue Veins, direcionado à proteção dos transgêneros, o fatwa é uma ;janela de oportunidades; que deve ser explorada. ;Deve haver um debate acadêmico e religioso pacífico sobre o decreto, tornando a família um direito fundamental garantido pela Constituição. Estou muito feliz em ver que os líderes religiosos abriram um debate saudável, pois a comunidade de transgêneros vinha fazendo muito barulho no Paquistão e recebendo uma visibilidade sem precedentes.;<br /><br />Farzana lembra que os transgêneros sofrem ;discriminações insistentes; em todos os aspectos da vida. ;Nós experimentamos preconceito no local de trabalho, temos negado o direito à moradia, não recebemos acesso aos serviços de saúde e obtemos dificuldades em registrar o nome e o gênero apropriados nos documentos de identidade;, disse.<br /><br />Apesar de não existirem estatísticas oficiais sobre a comunidade de transgêneros no Paquistão, acredita-se que sejam ao menos 1 milhão. ;Sei que o fatwa nada significa, em termos de políticas, para o governo. Mas ele será o início de nossa luta;, prometeu Paro, 25 anos, cofundadora da TransAction Alliance e moradora de Peshawar. De acordo com a transgênero, o decreto não é vinculante e carece de base legal e legislativa, além de não ser endossado pelos líderes religiosos de todas as seitas muçulmanas. ;No entanto, é de grande valor para a comunidade de transgêneros, pois também fala sobre a nossa proteção e o nosso bem-estar;, comemora.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível<a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2016/06/24/interna_saude,210342/virus-da-dengue-fortalece-o-zika.shtml"> </a><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvbXVuZG8vMjAxNi8wNi8yOS9pbnRlcm5hX211bmRvLDIxMDg0Ni9yZWxpZ2lvc29zLWRhby1hdmFsLWEtdW5pYW8tZGUtdHJhbnNnZW5lcm9zLnNodG1sIiwibGluayI6Imh0dHA6Ly9pbXByZXNzby5jb3JyZWlvd2ViLmNvbS5ici9hcHAvbm90aWNpYS9jYWRlcm5vcy9tdW5kby8yMDE2LzA2LzI5L2ludGVybmFfbXVuZG8sMjEwODQ2L3JlbGlnaW9zb3MtZGFvLWF2YWwtYS11bmlhby1kZS10cmFuc2dlbmVyb3Muc2h0bWwiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfc2VsZiIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0=">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a> </p>