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Bombardeios deixa 25 pessoas mortas na cidade síria de Raqa

As aviações síria, russa e da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos realizam ataques contra as posições do EI em todo o país

Vinte e cinco civis, incluindo seis crianças, morreram em bombardeios contra a cidade de Raqa, reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, informou nesta quarta-feira (22/6) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Os ataques atingiram vários bairros da cidade, segundo o OSDH, que não conseguiu determinar se os bombardeios foram realizados pela aviação russa ou síria. "Dezenas de pessoas ficaram feridas e algumas estão em condição crítica", indicou o OSDH.

As aviações síria, russa e da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos realizam ataques contra as posições do EI em todo o país. Quase 300 mil pessoas ainda vivem na cidade de Raqa, onde o EI é acusado de utilizar os civis como "escudos humanos". "Os ataques aconteceram um dia depois de o Estado Islâmico (EI) ter expulsado as forças do regime das zonas que controlava no sudoeste da província setentrional de Raqa", destacou a ONG.

As tropas governamentais iniciaram em 3 de junho uma ofensiva para assumir o controle da cidade de Tabqa, vital para um posterior ataque de Raqa, a capital do EI na Síria. Esta foi a primeira vez que as tropas de Bashar al-Assad entraram na província desde 2014.


As forças oficiais e paramilitares do governo sírio conseguiram avançar 20 km na província antes de ser expulsas pelos jihadistas após um contundente contra-ataque. O regime perdeu mais de 40 homens no contra-ataque dos extremistas, segundo o OSDH, uma ONG com sede no Reino Unido e que tem uma ampla rede de fontes.

Na província vizinha de Aleppo, mais ao oeste, o EI, que também resiste a uma ofensiva, executou um ataque na segunda-feira para diminuir a pressão sobre seu reduto de Manbij, cercado pela aliança árabe-curda das Forças Democráticas Sírias (FDS). Ao menos três homens-bomba do EI atacaram na terça-feira as FDS perto da cidade, de acordo com o OSDH.

O EI controla desde 2014 Manbij, ponto estratégico para o abastecimento dos extremistas entre a fronteira turca e a cidade de Raqa. Os aviões da coalizão internacional antijihadista, liderada pelos Estados Unidos, também bombardeiam as posições do EI no Iraque e na Síria.