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Ataques de jihadistas monitorados põem em xeque esforços de prevenção

Para especialistas, brechas jurídicas, ausência de partilha de dados e dilema dos direitos humanos são os principais entraves



Ele vê como fundamental a construção de um sistema de alerta precoce, capaz de detectar ;pequenos sinais; e coibir um banho de sangue. Uma das respostas, segundo Trotignon, envolve dar às agências de segurança capacidades estendidas no campo da aquisição de inteligência, seja por meio da criação de leis, seja pela contratação de centenas de funcionários. ;Você não precisa apenas de inteligência, mas de pessoas capazes de compreender, de forma correta, a ameaça, e, depois, atuar no terreno. Cada ataque terrorista deve ser visto como um fracasso pelas autoridades;, dispara.

O contraterrorismo envolve um dilema ético e moral de dimensões complexas: como capturar potenciais suspeitos jihadistas sem violar os preceitos básicos dos direitos humanos? O britânico Ewan Lawson, especialista do Centro para Estudos Internacionais e Diplomacia (CISD) da Universidade de Londres, reconhece que o direito à livre expressão e à não detenção, além da necessidade de as sociedades se protegerem de um ataque, tem tensionado o trabalho das agências de inteligência. ;No caso dos terroristas solitários, é difícil certificar se um indivíduo tem a séria intenção de provocar, se faz ruídos ou se tem problemas mentais. A polícia e as agências precisam tomar decisões difíceis, quase sempre baseadas em evidências limitadas;, critica. Ele defende a introdução de leis draconianas, por parte do Ocidente, que permitam a detenção prolongada, sem a necessidade de pistas concretas.

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