A extrema-direita europeia defendeu nesta sexta-feira (17/6) em Viena uma "Europa à la carte", atualmente representada pelo referendo britânico sobre o Brexit, contra o "jugo" da atual União Europeia que só irá causar "confusão e caos".
"Esperamos generalizar esta Europa à la carte que alguns países já obtiveram, como a Dinamarca (...) e o Reino Unido", afirmou Marine Le Pen, presidente da Frente Nacional francesa (FN), durante uma reunião do grupo de eurodeputados de extrema direita, do qual é co-presidente.
"Apenas esta Europa à la carte permitirá um futuro próspero e pacífico", acrescentou Le Pen em uma coletiva de imprensa, juntamente com outros representantes deste grupo, batizado "Europa das Nações e das Liberdades" (ENL), criado há um ano no Parlamento europeu.
A FN trabalha nesse grupo com representantes de nove países, incluindo deputados do partido de extrema direita austríaco FPO. Seu presidente Heinz-Christian Strache expressou a vontade do grupo de "impor uma mudança no interior" de uma União Europeia "cujas estruturas estão erradas", fruto de "confusão e caos", de acordo com Le Pen.
O presidente do FP; e sua colega da FN, dois dos partidos de extrema direita mais bem estabelecidos na Europa, não se posicionaram a favor ou contra a partida do Reino Unido da União Europeia. No entanto, Le Pen ridicularizou "daqueles que prometem aos britânicos as catástrofes mais inimagináveis" em caso de triunfo do Brexit no referendo de 23 de junho.
"A França pode ter mil razões a mais de querer sair da UE que os ingleses", afirmou, na esperança de que "todos os países se questionem sobre a sua relação com a UE". A presidente da FN também considerou que seria "indecente" utilizar o assassinato da deputada britânica pró-europeia Jo Cox para "colocar pressão sobre um campo ou outro" na campanha sobre o referendo britânic