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Vladimir Putin está disposto a colaborar com a Europa, apesar das sanções

Diante de uma plateia que contava com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, o presidente cazaque Nursultan Nazarbayev e investidores estrangeiros, Putin pediu o restabelecimento da confiança nas relações russo-europeias

Agência France-Presse
postado em 17/06/2016 10:22
A Rússia está disposta a dar um passo em direção aos europeus, anunciou nesta sexta-feira (17/6) o presidente Vladimir Putin, ao afirmar que não é "rancoroso", depois de dois anos de tensão com a Europa. O chefe de Estado russo fez as declarações no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), depois que a UE prorrogou oficialmente as sanções impostas a Moscou depois da anexação da Crimeia em março de 2014.

"Nós nos recordamos de como tudo começou. A Rússia não iniciou o declínio (de nossas relações), dos problemas, das sanções", declarou. "Mas nós, como afirmamos em nosso país, não somos rancorosos e estamos dispostos a dar um passo para nossos sócios europeu", completou, antes de advertir, no entanto, que isto "não pode acontecer, certamente, em um único sentido".

Diante de uma plateia que contava com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, o presidente cazaque Nursultan Nazarbayev e investidores estrangeiros, Putin pediu o restabelecimento da confiança nas relações russo-europeias. "A UE, apesar dos problemas conhecidos em nossas relações, continua sendo um sócio econômico e comercial chave para a Rússia. Não somos indiferentes ao que acontece com nossos vizinhos, à economia europeia".



O discurso foi feito no dia em que Bruxelas prolongou oficialmente por um ano as sanções impostas à Rússia por ter anexado a Crimeia em 2014. As medidas proíbem investimentos e importações de produtos para a UE. A Rússia é acusada de apoiar e armar, no leste da Ucrânia, os rebeldes separatistas. Os 28 Estados membros da UE pretendem revalidar na próxima semana as pesadas sanções contra a Rússia, segundo fontes diplomáticas.

Moscou, em reposta, ameaçou prolongar até o fim de 2017 o embargo aos produtos alimentares procedentes da UE, uma meida que tem um peso financeiro considerável para os agricultores europeus.

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