Um total de 50% dos alemães se considera "às vezes como um estrangeiro" em seu próprio país por causa da presença de "muitos muçulmanos", segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (15/6). Em 2014, o índice era de 43%, mas em 2016 chegou à metade dos entrevistados, segundo o estudo da Universidade de Leipzig e várias fundações.
A pesquisa mostra que 41,4% das pessoas interrogadas consideram que "deveria ser proibida a entrada de muçulmanos" na Alemanha (36,6% em 2014). Um alemão em cada três (33,8%) acredita que o país, que em 2015 recebeu mais de um milhão de refugiados, está "invadido" pelos estrangeiros "de forma perigosa".
Além disso, 59,9% dos entrevistados não acreditam que os refugiados são realmente perseguidos em seus países de origem e 32,1% consideram que estas pessoas desejam obter os benefícios sociais.
No leste do país, 13% desejam um líder ("Führer") "que governe em interesse de todos" (10% no oeste). E entre 25,5% (leste) e 21% (oeste) desejam um partido único que encarne a "comunidade popular", um conceito retirado da doutrina nazista. O estudo ouviu 2.420 pessoas com idade para votar.