O presidente francês, François Hollande, condenou "com firmeza o odioso atentado terrorista" em Istambul.
Série inédita de atentados
Há vários meses, a Turquia se encontra em estado de alerta por uma serie inédita de atentados atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) ou relacionados com o reinício do conflito curdo. Dois atentados suicidas já haviam sido registrados em área turísticas de Istambul e foram atribuídos ao EI.
Em 19 de março, um homem-bomba atacou uma via comercial do centro de Istambul e matou quatro turistas estrangeiros: três israelenses e um iraniano. Em janeiro, outro atentado suicida matou 12 turistas alemães no centro histórico da cidade, a maior da Turquia. Mas quando os ataques apontam contra as forças de segurança, as autoridades atribuem os atentados aos rebeldes curdos, que lutam contra o exército no sudeste do país. Em abril, o governo dos Estados Unidos advertiu seus cidadãos para a existência de "ameaças" de atentados contra os turistas em Istambul e Antalya (sul).
Os atentados abalaram o setor de turismo na Turquia, com uma queda do número de visitantes de 28% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos e preocupa o governo.
A Turquia, membro da Otan e da coalizão liderada pelos Estados Unidos que luta contra o EI no Iraque e na Síria, parece ter intensificado as operações contra o grupo extremista na região norte da Síria, onde os jihadistas controlam muitas áreas próximas da fronteira. De acordo com analistas, isto deixa o país mais vulnerável ao risco de atentados.