Os investigadores belgas fizeram, nesta quinta-feira, uma reconstituição em um imóvel de Schaerbeek, de onde três radicais partiram em 22 de março - anunciou o Ministério Público belga, lembrando que dois deles se detonaram no aeroporto internacional de Bruxelas. Realizada sob forte esquema de segurança, a reconstituição durou cerca de duas horas e "transcorreu sem incidentes", disse o MP belga em um curto comunicado, acrescentando que "no interesse das investigação em curso, nenhum detalhe será dado sobre seu desenvolvimento, ou resultados" dessa operação.
A rua Max Roos, em Schaerbeek, teve sua circulação proibida ao público por um importante dispositivo policial. O apartamento fica nessa rua onde os três suspeitos saíram em 22 de março de táxi, rumou ao aeroporto de Bruxelas. Lá, dois deles - Najim Laachroui, possível responsável pelos atentados de 13 de novembro em Paris, e Ibrahim el-Bakraoui - se explodiram.
[SAIBAMAIS]Mohamed Abrini, um belga de origem marroquina de 31 anos, admitiu em 9 de abril - dia seguinte à sua detenção em Bruxelas - ser o terceiro homem, o "homem do chapéu", que acompanhava os dois suicidas do aeroporto. Segundo a imprensa belga, um homem que estava com o rosto coberto - e pode ser Abrini - deixou o apartamento, após a reconstituição.
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Os atentados de 22 de março em Bruxelas deixaram 32 mortos - 16 no aeroporto e 16 na estação de metrô Maelbeek - e mais de 300 feridos. Mohamed Abrini se encontra em prisão provisória na Bélgica por sua participação nesse ataque. Também é um dos acusados na investigação sobre os atentados de 13 de novembro na capital francesa.
Possível arquiteto do plano, ele foi filmado na companhia de Salah Abdeslam, principal suspeito dos atentados de Paris, em um posto de gasolina de Oise (norte de Paris) no carro que serviria para levar os extremistas ao Stade de France (subúrbio parisiense), dois dias depois.