Para os sindicatos, o objetivo é reativar o movimento de protesto iniciado há semanas, e que perdeu força na semana passada, com 55 mil manifestantes contabilizados pelas autoridades, contra 390 mil (1,2 milhão em todo o país, segundo os sindicatos) em 31 de março.
Os sindicatos pedem uma retirada total do projeto de lei da reforma trabalhista, já adotado em primeira leitura. Depois de ser debatido em junho no Senado, voltará à câmara baixa, para uma adoção definitiva prevista antes do fim de julho.
O presidente francês, François Hollande, disse nesta terça-feira que não recuará nesta reforma trabalhista promovida por seu governo, apesar dos protestos nas ruas e da oposição de uma parte dos próprios parlamentares socialistas. "Não cederei", disse Hollande à rádio Europe 1. "Esta lei seguirá adiante, porque foi discutida, ajustada, corrigida, passou por emendas", afirmou.
Mas o governo socialista francês parece politicamente frágil a menos de um ano da eleição presidencial, e o presidente Hollande é acusado de renegar suas promessas eleitorais e de ter optado há dois anos por uma via "social-liberal".
Hollande, que segundo as pesquisas tem índices de popularidade no chão, reiterou nesta terça-feira que esperará até dezembro para anunciar se volta a ser candidato na eleição presidencial de abril-maio de 2017.