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Presidente francês afirma que não cederá na reforma trabalhista

Há mais de dois meses protestos são organizados contra a reforma



"Prefiro que guardem de mim a imagem de um presidente que fez reformas, não de um presidente que não fez nada", completou, a menos de um ano do fim de seu mandato. O objetivo declarado da reforma é flexibilizar o código trabalhista para combater o desemprego, que afeta 10% da população ativa. Mas os críticos alegam que o projeto de lei é extremamente favorável aos empresários e poderia agravar a situação dos trabalhadores.

Há mais de dois meses protestos são organizados contra a reforma. O número de participantes nas passeatas diminuiu, mas as marchas se tornaram mais radicais, com alguns incidentes violentos e feridos. "Já basta", disse o presidente a respeito dos manifestantes violentos.

Na entrevista, Hollande afirmou que deu "ordens" para que a repressão aconteça no limite do direito de manifestação. "Protestar é um direito, provocar destruição é um delito", disse. O presidente francês afirmou que desde o início dos protestos, mais de mil pessoas foram detidas, 60 condenadas e 350 policiais foram feridos.