O provável candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, fez neste fim de semana uma de suas declarações polêmicas e acusou sua rival democrata Hillary Clinton de ter sido cúmplice das infidelidades conjugais de seu marido, Bill.
Estas afirmações sobre Hillary "formam parte do jogo" a partir do momento em que os Clinton aparecem juntos na campanha, justificou o empresário milionário em uma entrevista divulgada neste domingo (8/5) pela rede ABC.
"Está casada com um homem que foi o pior agressor de mulheres da história da política. Está casada com um homem que fez muitas mulheres sofrerem", declarou Trump no sábado no estado de Washington (noroeste).
"Hillary foi cúmplice e tratou estas mulheres de forma espantosa", acrescentou o candidato. "E algumas destas mulheres ficaram devastadas, não por ele, mas pelo modo como ela as tratou".
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Estes novos ataques colocam em evidência a estratégia de Donald Trump para recuperar o eleitorado feminino, desconfiado após suas diversas declarações misóginas: colocar no mesmo saco Bill e Hillary Clinton, e sugerir que ela é insensível ao sofrimento das mulheres.
Por sua vez, a pré-candidata democrata disse neste domingo que muitos republicanos que se distanciam de Trump manifestaram adesão a ela.
"Evidentemente, estendo a mão a democratas, a republicanos, a independentes, a todos os eleitores que querem um candidato que realize uma campanha centrada nos problemas", disse Hillary à CBS.
"Peço às pessoas que se somem a esta campanha e recebi muitos pedidos de republicanos nestes últimos dias, que estão interessados em falar", acrescentou Hillary, de 69 anos, sem entrar nos destalhes destes contatos.
Um número crescente de líderes republicanos de primeira linha se somou, desde a vitória do magnata imobiliário na terça-feira em Indiana e o abandono de seus últimos rivais, ao movimento "Qualquer um menos Trump", entre eles o candidato presidencial do partido em 2012, Mitt Romney, e os dois últimos presidentes republicanos, George W. Bush e seu pai, George H.W. Bush.